De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE, o volume de vendas no varejo restrito em junho caiu 0,4% na análise mensal dos dados dessazonalizados. Este é o 5º mês consecutivo de queda no ano. Para o 1º semestre de 2015 a retração é de 2,2%, contra o mesmo período do ano passado. Na análise do acumulado em 12 meses o varejo restrito apresentou recuo de 0,8%.

Dentre as oito categorias, ainda na análise do 1º semestre de 2015 frente ao mesmo período do ano anterior, apenas três alcançaram variação positiva e o destaque ficou com “Materiais para escritório”, que registrou alta de 10,2%. Os demais segmentos ficaram configurados da seguinte maneira: “Artigos farmacêuticos” (5,2%), “Outros” (3,9%), “Hipermercados e supermercados” (-1,8%), “Combustíveis e lubrificantes” (-3,3%), “Tecidos, vestuário e calçados” (-5,0%), “Livros, jornais revistas e papelaria” (-8,3%) e “Móveis e Eletrodomésticos” com (-11,3%).

As categorias “Veículos e motos, partes e peças” e “Material de Construção” mostram forte retração, (-15,6%) e (-4,7%), respectivamente. Ambas agregam o resultado do varejo ampliado, que totalizou uma queda de 6,4% no 1º semestre do ano.

A fraca atividade do varejo que reflete em grande parte os efeitos da pressão inflacionária e da baixa confiança na economia, tem sido antecipada pelo indicador Movimento do Comércio da Boa Vista SCPC, o qual já havia apontado queda de 0,7% para junho. O cenário de queda do varejo já é esperado para o ano e sinais de melhora são esperados apenas para 2016. Por ora, nossa projeção de retração do setor fica em 2,0% nas vendas varejistas restritas e queda de 7,0% para o conceito ampliado, ambas perspectivas com viés de baixa.

Abaixo tabela que expõe os dados da PMC e gráfico com a evolução das séries dessazonalizadas da PMC Restrita e do indicador da Boa Vista, Movimento do Comércio.

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