De acordo com o IBGE, a apuração do resultado da inflação oficial (IPCA) foi de 10,71% em janeiro, considerando os valores acumulados em 12 meses. O registro é o maior resultado desde novembro de 2013, quando a inflação atingiu 11,02%.

Na avaliação mensal, o indicador agregado subiu 1,27%, acelerando 0,31 p.p. na comparação com o resultado obtido em dezembro.  De acordo com a abertura do índice, a categoria que obteve a maior alta no mês foi novamente a de Alimentação e Bebidas, com variação de 2,28%. Transportes também sofreu grandes reajustes, com elevação de 1,77% no mês.

O cumprimento da meta de inflação já mostra-se impraticável, com o mercado prevendo níveis acima de 7%, de acordo com o boletim Focus do BC divulgado no início da semana. Já com relação aos juros, o cenário mais provável é de que haja, pelo menos, manutenção no atual nível, 14,25%, observada a última decisão da Selic do Banco Central e a sinalização dovish do COPOM.

De olho nos últimos efeitos macroeconômicos, apesar da elevação não chegar ao nível observado em 2015, o ano já começa com baixas expectativas de cumprimento da meta inflacionária, uma vez que o processo desinflacionário não deverá ocorrer tão rapidamente: os preços livres continuam com perspectivas ruins, ocasionada em grande parte por causa das tarifas de serviços – os quais deverão sofrer ainda algum efeito de inércia inflacionária derivada de 2015. Com isso, para este ano projetamos uma inflação próxima de 7%. A ver.

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