De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o desemprego tornou a subir no país e atingiu 11,2% no trimestre móvel encerrado em abril. Este valor é 0,3 p.p. superior ao registrado na média trimestral encerrada em março e 3,2 p.p. maior do que a taxa de desemprego registrada no mesmo período do ano passado (comparação interanual).

A taxa de ocupação no Brasil (TO) – que mede a porcentagem da população com idade de trabalhar que está efetivamente ocupada – manteve-se praticamente estável, com queda de 0,1 p.p., alcançando o nível de 54,6%. Já a população economicamente ativa (PEA), manteve o ritmo de crescimento registrado ao longo dos três primeiros meses do ano, de 1,8% na comparação interanual.

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O rendimento habitual real, por sua vez, continua com tendência negativa, atingindo 1,4% na variação acumulada em 12 meses, equivalente ao mesmo nível de renda de registrado em março de 2013.

O recuo na atividade econômica tem levado as empresas a reduzirem seus custos, diminuindo o número de postos de trabalho e consequentemente aumentando a demanda por vagas. Ou seja, há um duplo movimento de intensificação da taxa de desemprego, uma vez que há maior número de desempregados e concomitantemente uma elevação da demanda por postos de trabalho.

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Contudo, já é possível observar uma desaceleração do crescimento da PEA e estagnação da TO, movimentos que contribuem para o arrefecimento do atual movimento de alta da taxa de desemprego. Nos rendimentos também já é possível notarmos um menor ritmo de queda da tendência, fatores que juntos sinalizam uma pequena melhoria das condições do mercado de trabalho. Com a manutenção dessas tendências, espera-se para o final do ano uma taxa de desemprego em torno de 11% e uma queda de 1% dos rendimentos reais.