De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), os rendimentos reais dos trabalhadores apresentaram melhora em todas as regiões quando avaliadas os valores acumulados em 4 trimestres. A Região Nordeste registrou a primeira marcação positiva (1,6%), ao lado da região Sudeste (0,1%) e Centro Oeste (0,8%). Em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme os gráficos ao lado, é possível observar uma grande melhora em todas as regiões. No 2T16, a leitura nacional do Rendimento real era um recuo de 2,5%. A última leitura, no 2TT17 foi positiva de 1,1%.

No que tange o desemprego, considerando os dados os dados sem ajuste sazonal (vide tabela abaixo), a taxa de desocupação avançou de 11,3% no 2T16 para 13,0% no 2T17. Na mesma base de comparação, houve um avanço do desemprego em todas as regiões. A Região Sul apresentou a menor variação entre os períodos (8,0% no 2T16 vs. 8,4% no 2T17), ao passo que o Nordeste foi a região em que houve maior aumento da taxa de desocupação (13,2% no 2T16 vs. 15,8% no 2T17).

Entretanto, considerando a análise com os dados dessazonalizados, houve certa estabilidade no índice nacional, que passou de 12,9% no 1T17 para 12,8% no 2T17. A maior queda foi na região Norte, que passou de 13,1% para 12,3% no mesmo período de comparação. Sul e Centro-Oeste também apresentaram reduções em suas taxas, enquanto que no Nordeste apresentou um leve crescimento e a região Sudeste ficou no campo da estabilidade.

Desta forma, pode-se dizer que a configuração regional do desemprego não apresenta sinais consistentes de melhora, pois ainda há um reflexo do aumento de pessoas em busca de emprego.

Entretanto, é possível observar uma certa melhora em relação ao rendimento real. Outro aspecto importante é a melhora da massa de rendimento, que avançou em todas as regiões do país na comparação interanual. Assim, espera-se que essa melhora permaneça nas próximas leituras.

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