De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo Restrito subiu 0,5% em abril, na comparação com o mês anterior, na série de dados com ajuste sazonal. Apesar do pequeno avanço, a tendência de queda do setor se mantém: na comparação com abril de 2015 houve recuo de 6,7%, no acumulado em 2016 a variação foi de -6,9%, e em 12 meses de -6,1%.

O aumento das vendas na comparação com o mês anterior foi puxado principalmente pela recuperação do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que variou 1,0% em abril (contra -1,4% registrado em março) - sozinho esse setor representa cerca de metade das vendas do comércio. Outros dois setores registraram variações positivas na comparação mensal: Tecidos, vestuários e calçados (3,7%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%). Combustíveis e lubrificantes mantiveram-se estáveis em abril, e os outros quatro setores apresentaram queda nas vendas, influenciando negativamente o indicador: Móveis e Eletrodomésticos (-1,8%), Artigos farmacêuticos (-2,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%) e Materiais para escritório, informática e comunicação (-4,9%).

Mantida a base de comparação, para as categorias Material de Construção e Veículos e Motos, partes e peças, as quedas foram de 4,0% e 6,6%, respectivamente. Ambas agregam o resultado do Varejo Ampliado, que recuou 1,4% no mesmo tipo de análise.

Mantida a tendência de queda, por ora a projeção para 2016 do segmento varejista é de retração de 4,0%, deixando uma possível melhora apenas para 2017.

Segue abaixo o gráfico com a evolução das séries dessazonalizadas da PMC Restrita e do indicador de Movimento do Comércio da Boa Vista SCPC.

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