Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

O Bundesbank, Banco Central Alemão, escreveu em seu relatório mensal de outubro que “quanto mais a política monetária for efetiva em dar suporte aos sistemas financeiros de países com suas medidas, mais riscos são transferidos aos portfólios do sistema do euro e no final redistribuídos entre todos os contribuintes de países-membros”. Disse ainda que “a política monetária tem uma função de estabilização, que é originalmente uma tarefa de política fiscal. Entidades eleitas democraticamente devem assumir essa tarefa”.

Os alemães, embora afirmem que estão “determinados a fazer o que for necessário para manter o euro como uma moeda confiável”, continuam batendo na mesma tecla de que os países da zona do euro precisam organizar suas finanças e reduzir os altos níveis de dívida estatal. A polêmica gira em torno de quem pagará a conta do ajuste. Parece que a conclusão é que boa parte da conta recairá nos orçamentos dos Estados, logo no bolso do contribuinte europeu.

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