Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

Os depósitos privados nos bancos espanhóis recuaram em julho € 74,2 bilhões, o maior volume de saques das instituições espanholas desde setembro de 1997, segundo informou o BCE. As más notícias vindas de Madri não param por aí. O governo autônomo da Catalunha, uma das regiões mais ricas da Espanha, solicitou € 5 bilhões ao fundo criado para ajudar as regiões com problemas financeiros. Também ontem foi anunciada queda do PIB espanhol de 0,4% no segundo trimestre. Na comparação anual a queda foi de 1,3%.

Com a economia espanhola mostrando poucos sinais de recuperação e com os custos dos empréstimos elevados, o pedido de resgate é um risco cada vez mais possível. Como já afirmamos, a lacuna no processo de resgate é a falta de uma reestruturação efetiva dos passivos existentes, sem o que se torna quase impagável o conjunto das dívidas atuais. O encaminhamento para a solução dessa crise parece ainda estar distante.

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