Por  Marcel Augusto Caparoz, da RC Consultores

Na última sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) confirmou o plantio recorde de milho para a safra 13/14 nos EUA, que alcançara uma área de 39,4 milhões de hectares, a maior já dedicada ao cereal desde 1936. A soja deverá ocupar 31,4 milhões de hectares em 2013, novamente um novo recorde, assim como o trigo, que totalizará 22,9 milhões de hectares de área plantada no ano de 2013, acima da expectativa do mercado.

Esses resultados afetaram diretamente as cotações das commodities nas bolsas mundiais, principalmente nos índices futuros. Os contratos de milho de segunda posição de entrega, para setembro, tiveram forte queda de 4,3%, a US$ 5,4725 por bushel. Fundos de investimentos se viram obrigados a saírem da posição comprada, o que de certa forma consolida o movimento externo de baixa dos preços das commodities. O saldo da balança comercial brasileira é quem mais sofrerá com este processo baixista. Das 23 principais commodities exportadas pelo Brasil, 16 tiveram queda em relação ao preço médio do mesmo mês do ano anterior. A safra recorde do último ano e a atual desvalorização do Real impedem uma maior deterioração da rentabilidade do produtor brasileiro.

Ed.217