Por Marcel Caparoz, da RC Consultores

A taxa de juros ao consumidor continua subindo. A taxa dos recursos livres destinados à pessoa física (ofertados principalmente pelos bancos comerciais) sofreu em Julho/14 uma nova alta, alcançando o patamar de 43,2% a.a., o maior valor desde Março/11. Em julho do ano passado a taxa era de 36,2% a.a. Como consequência deste movimento, o spread bancário voltou a subir, atingindo 31,7% a.a.

A expectativa de uma deterioração no mercado de trabalho, com aumento do desemprego e uma consequente elevação da inadimplência, tem levado os bancos comerciais a tomar medidas para mitigar este risco. Seja pela maior restrição na concessão de crédito ou pela elevação dos juros cobrados. Diante do arrefecimento, o Banco Central tem buscado atenuar este cenário com medidas de estímulo à concessão de crédito. O relaxamento das exigências sobre as reservas compulsórias dos bancos, anunciadas recentemente pelo BC, tem o potencial de injetar na economia a quantia de R$ 40 bilhões, medida que pode não ser o suficiente para a retomada do crédito diante do difícil cenário econômico para 2015.