Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores 

A Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou ontem seu relatório 2013, prevendo que o Brasil crescerá 4%, portanto bem mais do que as economias maduras e em crise mas, em compensação, será um dos países com menor crescimento entre o grupo dos Brics e demais emergentes. Os 4% previstos para o Brasil advêm de uma base restrita de apenas 1,5% de expansão este ano. Na China, o crescimento realizado em 2012 será de 7,5%, contra 4,4% na Índia, 3,4% na Rússia e 2,6% na conflagrada África do Sul. A OCDE estima que a média mundial atinja um crescimento de 2,9% este ano.

O governo Dilma encerrará seus dois primeiros anos de mandato com 2,1% - a segunda pior média de crescimento nas duas últimas décadas. No primeiro biênio do mandato de Lula, a média foi de 3,6%; e de 5,6% no segundo. No período FHC, foi de 3,2% e 2,3%, respectivamente. No de Fernando Collor, ficou em 0,25% (primeiro colocado em baixo crescimento). Se não houver mudança urgente para um modelo baseado em mais investimento, a taxa de crescimento do PIB poderá encerrar 2013 com uma expansão até inferior à prevista pelo OCDE. A RC Consultores, por seu turno, projeta um PIB Brasil variando em apenas 3% em 2013. A razão é que a taxa de investimento em países emergentes (~28%) continua significativamente maior do que a do Brasil (~19%).

Ed.78