As decretações de falência tiveram queda ainda maior no mês: 38,0%

Os pedidos de falência recuaram 13,6% em março, na comparação com fevereiro, em todo o país, de acordo com dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Na comparação com março de 2013, a queda foi de 5,0%. No primeiro trimestre de 2014, os pedidos de falência caíram 0,2% contra o mesmo período do ano anterior.

As falências decretadas, por sua vez, apresentaram queda de 38,0% em março na comparação com fevereiro de 2014. Considerando o primeiro trimestre do ano, contudo, houve aumento de 26,7% contra o mesmo período do ano passado. Na comparação com março de 2013 a alta foi de 1,6%.

Os pedidos de recuperação judicial cresceram 17,3% e as recuperações judiciais deferidas apresentaram queda de 13,5% neste primeiro trimestre, comparativamente ao mesmo período em 2013. A tabela 1 resume os dados.

tabela 1_02abril2014

 

Os pedidos de falências no primeiro trimestre de 2014 apontam estabilidade em relação ao mesmo período de 2013. O cenário econômico, mais incerto em 2014, não deve contribuir para que os pedidos de falências recuem significativamente, a exemplo do ocorrido em 2013 (queda de 3,1% no ano).

Distribuição das falências e recuperações judiciais por setor

Avaliando a distribuição dos dados por setor da economia, o setor de serviços foi o que representou mais requerimentos de falência (38%), seguido do setor industrial (35%), e do comércio (27%). Em relação às falências decretadas e às recuperações judiciais deferidas, o setor de serviços também é o destaque, com 41% e 48%, respectivamente. Os pedidos de recuperação judicial concentram-se no setor industrial (38%). Para os demais dados, segue o resumo apresentado na tabela 2 abaixo:

tabela 2_02abril2014

Distribuição das falências e recuperações judiciais por porte

Na análise agregada por porte[1], os dados se mantiveram muito concentrados em torno das pequenas empresas. 93% das falências decretadas no primeiro trimestre do ano são de empresas de pequeno porte. Em relação aos pedidos de falência, as pequenas empresas representam 86% dos casos; 12% são referentes às médias e somente 2% estão associados às grandes empresas. A tabela abaixo resume os dados analisados:

tabela 3_02abril2014


[1] A CIRCULAR Nº 11/2010 do BNDES de 05 de março de 2010 classifica as categorias de porte das empresas de acordo com a receita operacional bruta anualizada. Microempresa – menor ou igual a R$ 2,4 milhões; Pequena empresa – maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões; Média empresa – maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões; Média-grande empresa – maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões; Grande empresa – maior que R$ 300 milhões.