O resultado da inflação oficial (IPCA) referente a abril registrou alta de 0,67% no período, abaixo da expectativa de mercado, de 0,79%. No resultado acumulado em 12 meses, o número passou de 6,15% em março para 6,28% em abril, ficando cada vez mais próximo do teto da meta (6,5%).
Analisando as aberturas, o grupo que mais apresentou impacto foi o de Alimentação e bebidas, responsável em 0,30 p.p. no valor total do mês, variando 1,19%. Outro grupo que pressionou a inflação para cima foi o de Habitação, impactando 0,12 p.p. no índice total após alta de 0,87% no mês, assim como, o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, que registrou alta de 1,01% no período e impactou em 0,11 p.p. no índice geral.
Considerando outras medidas alternativas de análise da inflação, o índice de dispersão (que mede o percentual dos grupos que subiram frente ao total dos produtos da cesta de preços) desacelerou, passando de 71,05% registrado em março
para 69,97% em abril. A aferição obtida pela média dos núcleos andou na mesma direção, reduziu 0,06 p.p. no mês, atingindo 0,54%.
Diante deste cenário de inflação em alta, espera-se que a autoridade monetária adote uma política ainda mais austera sobre a taxa de juros. Sendo assim, a possibilidade de um novo aumento na taxa básica de juros, hoje em 11%, torna-se cada vez mais concreta.
Boa Vista