Os registros de inadimplência caíram 6,8% em maio de 2014 na comparação com abril, descontados os efeitos sazonais, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). No período de janeiro a maio, o indicador apresenta alta de 2,3% quando comparado ao mesmo período de 2013.

Na comparação interanual (contra igual mês de 2013), o indicador registrou queda de 1,4% em maio. Já a tendência de longo prazo, medida pelo valor acumulado nos últimos 12 meses em relação aos 12 meses anteriores (comparação entre jun/13 até mai/14 e jun/12 até mai/13), acelerou um pouco, passando de 1,8% para 1,9% de crescimento. Adicionalmente, o valor médio real das dívidas incluídas neste último mês foi de R$1.348, após ajustes estatísticos.

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Ao longo do ano, espera-se que alguns fatores condicionantes permaneçam inalterados. Dentre eles, destacam-se a seletividade dos concedentes de crédito, o desaquecimento no mercado de trabalho e o encarecimento do crédito (pelos juros maiores) etc. Com este cenário, a expectativa da Boa Vista SCPC é de que a tendência dos registros de consumidores inadimplência para 2014 permaneça abaixo do patamar de 3%.

Regiões

Retirados os efeitos sazonais, o indicador obteve queda generalizada: 10,3% no Sul, 9,0% no Nordeste, 7,3% na região Norte, 6,0% no Sudeste e 2,5% no Centro-Oeste.

Ao confrontar o resultado acumulado nos últimos 12 meses ao período correspondente ao ano anterior, houve elevação em todas as regiões, exceto no Sudeste, que registra queda de 1,3%. Mantida a base de comparação anterior, a região Nordeste obteve alta de 7,3%, enquanto as regiões Sul, Norte e Centro-Oeste registraram altas de 5,9%, 5,7% e 5,5%, respectivamente.

Varejo

Quando considerado apenas o setor de varejo, subconjunto do indicador geral, o indicador nacional registrou elevação de 11,6% em maio na comparação com abril, descontados os efeitos sazonais. Dentre as regiões, mantida a base de comparação, o cenário de queda observado no mês de abril foi revertido, tendo as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste se destacado com altas de 13,0%, 12,7% e 11,6%, respectivamente. No Norte houve elevação de 9,9% e no Nordeste de 7,7%.

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