Os sistemas de Business Intelligence e Analytics são aliados poderosos para melhorar a gestão das empresas.

A quantidade de dados digitais produzida em 2012 deve superar os 2,7 zettabytes no mundo. Isso corresponde à capacidade de armazenamento de cerca de 170 bilhões de iPads. São números incríveis que desafiam as empresas, que precisam não apenas proteger as informações, mas encontrar maneiras de extrair inteligência dessa avalanche de informações. Não por acaso, cresce a adesão a ferramentas de análise, como os sistemas de Business Intelligence (BI) – ou Business Analytics (BA), dependendo do ângulo abordado. Os programas de BI ou BA analisam as informações dos bancos de dados das empresas e apontam tendências invisíveis aos olhos dos executivos. “Ao jogar luz sobre informações até então ocultas, o BI dá maior segurança ao processo de tomada de decisões”, afirma Carlos Calegari, analista do mercado de software da IDC.

Segundo um estudo da consultoria, esse é um negócio que movimenta globalmente, só com a venda de softwares, US$ 11 bilhões, dos quais US$ 500 milhões no Brasil. Entre as empresas que adotaram esse tipo de solução no País, a maioria delas obteve benefícios reais, como redução de custos (citado por 55% delas) e aumento da retenção de clientes (35%). “O BI contribui para identificar cenários e oportunidades”, afirma Jorge Utimi Sobrinho, diretor da empresa Inteligência de Negócios. Um exemplo de estratégia com BI desenhada pela companhia foi para a promoção Preço Baixo Todo Dia, do Walmart. Pela iniciativa, o valor dos produtos muda constantemente, o que exige um controle sofisticado.

“A estratégia de BI levava em conta simulações de preços, estoques e validade dos produtos”, diz Sobrinho. No caso da Boa Vista, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), o BI serve para lidar com duas realidades: melhorar o desempenho de sua própria operação e analisar os dados de consumidores. “O BI permite um raio X do desempenho do nosso negócio”, afirma Dorival Dourado, presidente da Boa Vista. Para Katia Vaskys, diretora de Business Analytics & Optimization (BAO) da IBM, a questão que torna o cenário mais complexo é que, antes da internet, os dados eram estruturados e produzidos nas empresas. “Com a rede, todo mundo produz dados, que podem ser gerados por uma câmera de vídeo de celular”, afirma Katia. “E isso tudo a uma velocidade incrível.”