De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego recuou para 11,6% no trimestre móvel encerrado em outubro. Estando 0,2 p.p. abaixo do registrado no mês anterior e 0,1 p.p. menor com relação ao mesmo período do ano passado (11,7%).

Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,4 milhões, sendo 1,2% menor do que o registrado no final do terceiro trimestre.

A população ocupada (PO), por sua vez, variou 0,3% no mês, aumentando 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se em outubro o aumento nas posições de “empregado no setor privado com carteira”, com alta de 0,4%, o avanço em “empregador”, com alta de 1,9% e o crescimento em “trabalhador doméstico”, com evolução de 0,6%.

Ainda na comparação mensal, os principais aumentos ocorreram em ocupações nos setores de Comércio (0,6%) e Indústria (0,5%). Por outro lado, a queda mais expressiva do período ocorreu em “agricultura” ao recuar 0,7%.

A População Economicamente Ativa (PEA) variou 0,1% na base mensal e ampliou-se em 1,4% com relação ao mesmo período de 2018.

No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual permaneceu em 0,7%, interrompendo o processo de desaceleração iniciado no começo do ano.

Apesar da queda mensal na taxa de desemprego, os últimos resultados da PNAD ainda refletem um movimento bastante tímido de recuperação do emprego e da renda em 2019. Interessante notar que, no mês, em contrapartida ao aumento nas posições de empregados com carteira, houve uma desaceleração no crescimento expressivo das ocupações entre empregados sem carteira e por conta própria, que limitavam o crescimento do crédito e consumo.

Neste sentido, dado o desempenho da atividade econômica até o momento, somado a um cenário um pouco mais otimista com a confiança e as expectativas, espera-se que os números do mercado de trabalho sigam com sua trajetória de recuperação gradual e apresentem melhores resultados no último trimestre do ano.