• Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) foi de 107,9 pontos em fevereiro após ter registrado baixa de 3,1% em relação ao mês anterior na série de dados dessazonalizados.
  • Mantida a base de comparação anterior, o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,2%, ao passo que o Índice de Expectativas (IE) caiu 5,1%.
  • Em relação ao mesmo período do ano passado (comparação interanual), o ICI e o ISA registraram quedas de 0,1% e 1,0%, respectivamente. Por outro lado, o IE apontou alta de 3,8% na mesma base de comparação.

 

 

Perspectivas:

  • Numa direção oposta aos indicadores de confiança do consumidor e do comércio, que avançaram no mês de fevereiro, a confiança da indústria e dos serviços caíram. A retomada do programa de auxílio emergencial, mesmo que sob novas condições, foi apontada como fator para melhora da confiança no comércio e dos consumidores, no entanto, esse mesmo motivo pode sinalizar um atraso na retomada da atividade econômica, pressionando a confiança da indústria e dos serviços para baixo.
  • No entanto, o setor industrial ainda conta com fatores condicionantes favoráveis (juros baixos, disponibilidade de crédito e capacidade ociosa elevada) e a confiança, a despeito da queda, permanece acima dos níveis observados antes da pandemia.

 

 

  • A queda da confiança foi observada em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados e ainda se deve, sobretudo, à piora na percepção da situação atual, que acumula queda de 4,2% no ano, pelos empresários aliada a uma diminuição ainda maior do otimismo para os próximos três e seis meses, dado que o IE aponta queda de 7,9% no ano.
  • O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) reduziu no período, passando de 79,9% em janeiro para 79,1% em fevereiro, já descontados os fatores sazonais, ficando pouco abaixo da média histórica do indicador, de 79,5%.