Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 2,4% em relação a junho, atingindo 93,4 pontos na série livre de influências sazonais. Trata-se da segunda alta mensal após quatro quedas consecutivas. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,2% e o de Expectativas (IE), 2,7% na mesma base de comparação. Em relação a julho do ano passado, o ICS apresentou alta de 5,8%, o ISA, de 2,2% e o IE, de 9%.

Assim como foi observado entre os empresários do comércio, a alta da confiança de serviços também parece refletir as expectativas mais otimistas decorrentes do avanço da reforma da Previdência no Congresso e da sinalização em relação à liberação de recursos do FGTS, que tende a impulsionar o consumo e já vinha sendo discutida no período em que a pesquisa foi realizada. É cedo, contudo, para falar em retomada da confiança do setor. O indicador segue abaixo do pico recente e, assim como no caso do comércio, as expectativas têm se mostrado bastante oscilantes, condicionadas, principalmente, ao ambiente político e ao avanço das reformas no Legislativo. A avaliação da situação atual, por sua vez, vem sendo influenciada pelo fraco desempenho da atividade econômica e pelo ritmo lento de crescimento das vendas do setor.

Nesse sentido, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,2 ponto percentual, passando de 82,6% em junho para 82,4% em julho (dados com ajuste sazonal), sinalizando que o movimento do setor segue fraco.