De acordo com o IBGE, a apuração do resultado da inflação oficial (IPCA) atingiu o maior resultado acumulado no ano desde 2003 ao registrar 7,64% em setembro. No acumulado em 12 meses o aumento dos preços desacelerou 0,04 p.p. passando para 9,49%. Neste mês, a inflação registrou 0,54% frente a 0,22% de agosto.

A categoria que obteve a maior alta no mês foi a de Habitação, com variação de 1,30%. A elevação na categoria foi motivada pela majoração dos preços de Combustíveis e energia (2,91%), que por sua vez sofreu o impacto do subitem Gás de botijão que apresentou alta de 12,98%.

A elevação nos preços neste ano tem sido motivada principalmente pelos preços administrados, que sem mantém em nível duas vezes superior ao dos preços livres no acumulado em 12 meses (administrados apontam 16,34% de elevação, enquanto livres sobem 7,53%).

O valor acumulado em 12 meses mantém-se acomodado neste patamar (próximo aos 9,50%) pelo terceiro mês consecutivo, resultado que deverá persistir até o final do ano. Com relação aos juros, o cenário mais provável é de manutenção no atual nível, 14,25%. O efeito pass-through do dólar deverá repercutir de modo mais incisivo nos últimos meses do ano, prolongando-se sobre os preços livres ao longo de 2016.

De olho nos últimos efeitos da atividade econômica, ano que vem já dá sinais de que não será um ano de recuperação. Em virtude deste último aspecto, por ora esperamos leve redução dos juros, com a taxa básica em torno de 12,5% e IPCA em 6,00% em 2016.

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