Bancos Digitais

Os bancos digitais vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado financeiro. Segundo a pesquisa da Ipec em parceria com o C6 Bank, um pouco mais da metade (51%) dos brasileiros entre 16 e 24 anos já utilizam mais os bancos digitais que os tradicionais no dia a dia. Após o início da pandemia, 36% dos entrevistados abriram uma conta em um banco digital e 78% passaram a utilizar mais estes em detrimento dos bancos tradicionais.

O Banco Inter, antigo Banco Intermedium e um dos primeiros bancos digitais no Brasil, anunciou uma parceria com o ABC Brasil para a estruturação, colocação e distribuição de títulos e valores mobiliários e de fundos de investimentos em conjunto.

Com a ajuda de um aporte de R$ 200 milhões, o Agibank planeja acelerar seu ritmo de crescimento e alcançar 35 milhões de clientes em seis anos. Atualmente o banco conta com 2,9 milhões de clientes e emprestou mais de R$ 1 bilhão neste ano. Entre janeiro e março a companhia registrou lucro de R$ 22,6 milhões, valor 58,9% maior na comparação com o primeiro trimestre de 2020.

 

Fintechs

A fintech unicórnio brasileiro Loft fechou uma parceria com a startup 180 seguros e agora passará a oferecer um seguro residencial próprio. A notícia do lançamento do seguro vem pouco tempo após o a captação de US$ 525 milhões de dólares (Series D) da empresa, que vai de acordo com a estratégia prevista na rodada de investimento. O seguro ainda se encontra em fases iniciais, com previsão de ampliar para todos os seus clientes futuramente.

Os gastos em publicidade das fintechs aumentaram 71% apenas em 2020, segundo a Kantar Ibope Media. Atualmente o setor é o 3° maior participante em gastos com publicidade, atrás apenas de comércios e serviços. A participação dos gastos em 2020 ficou em 10,4%, contra 9,3% em 2019.

Durante a semana, a fintech Bom pra Crédito anunciou uma nova parceria com o banco Bari. O intuito da ação reflete os esforços da startup em garantir um sistema rápido e prático de concessão de crédito. O banco Bari é um banco digital especializado em crédito inteligente, no qual passa a fornecer condições mais atraentes para os usuários do Bom pra Crédito.

A fintech Marvin, de recebíveis, anunciou nesta terça-feira (18) que recebeu um aporte liderado pelo ex-presidente do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, e pela Mauá. Embora o valor do investimento não tenha sido revelado, o mesmo ocorreu antes mesmo das operações da fintech começarem a funcionar, com previsão de início para 7 de junho. A startup afirma que já chegou a um valuation de R$ 65 milhões.

A empresa de cashback Méliuz anunciou no início da semana que seu potencial de mercado passa de R$ 249 bilhões para R$ 9,7 trilhões com a integração da Acesso Bank, fintech de serviços bancários e pagamentos adquirida no começo do mês. Após o aval do BC, a integração da Acesso deve ocorrer em um prazo de seis meses, colocando em funcionalidade uma variedade de novos produtos financeiros. Ademais, a fintech reportou lucro líquido de R$ 3 milhões no primeiro trimestre. Em termos absolutos, a empresa obteve Ebtida de R$ 4,9 milhões, queda de 49% contra o 1T2020.

Com o objetivo de participar mais do mercado de auto, a Creditas anunciou uma parceria com a empresa de meios de pagamento Sem Parar. Os clientes da Creditas terão cinco meses de isenção na mensalidade ao aderirem um dos planos do Sem Parar, enquanto os clientes do Sem Parar agora terão a possibilidade de crédito com garantia de veículo para todo o Brasil.

Por fim, com o objetivo de promover a criação de serviços financeiros inovadores, o Banco Central anunciou na última quarta-feira (19) uma resolução que visa facilitar a abertura e encerramento de conta de pagamento em fintechs. As instituições não deverão mais cumprir cum uma lista obrigatória de informações cadastrais, o processo agora poderá ser realizado de forma online e com maior autonomia das financeiras na coleta dos dados para abertura de contas.

 

INDICADORES ECONÔMICOS