O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)[1] ficou estável no mês de junho (0,01%). No acumulado em 12 meses houve avanço de 3,37%, ficando 1,29 p.p. abaixo do nível observado em maio.  Com esse resultado, o indicador acumulou alta de 2,23% no primeiro semestre de 2019.

Os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes apresentaram os impactos negativos mais expressivos sobre índice geral no mês. Ambos apontaram impacto de -0,06 p.p., com variações de -0,25% no grupo Alimentação e Bebidas e -0,31% em Transportes.

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais registrou a maior variação e o maior impacto positivo de junho. Ao variar 0,64%, o grupo apresentou impacto de 0,08 p.p. sobre o índice geral no mês, puxado principalmente pela alta de 1,50% nos preços do item higiene pessoal, cujo impacto no IPCA foi de 0,04 pontos percentuais.

Após apresentar a principal alta do mês passado, o grupo Habitação desacelerou na passagem de maio (0,98%) para junho (0,07%). Tal desaceleração foi influenciada pela redução de 1,11% no preço do item energia elétrica, devido à vigência da bandeira tarifária verde em junho, sem cobrança adicional para o consumidor.

O resultado de junho é o menor do ano e contribui para posicionar o indicador novamente abaixo do centro da meta. A desaceleração ocorrida no mês foi influenciada principalmente pela deflação nos grupos de alimentação e bebidas e transportes, que juntos respondem por cerca de 43% das despesas das famílias. Sendo assim, a perspectiva é de que a inflação fique um pouco abaixo do centro da meta ao longo do ano e, caso mantida essa tendência, a expectativa é de que o indicador fique no patamar de 3,80% para 2019 e 3,91% para 2020.

[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.