O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,36% no mês de julho. No acumulado em 12 meses houve evolução para 2,31%, 0,18 p.p. acima da variação observada em junho.  Com esse resultado, o indicador acumulou alta de 0,46% no ano.

O grupo Transportes (0,78%) foi o que registrou maior impacto positivo sobre o índice geral no mês. Resultado do aumento dos preços observada na gasolina (3,42%) e no óleo diesel (4,21%). Os grupos Habitação e Artigos de Residência também tiveram destaque, apresentando avanço de 0,80% e 0,90% no período, respectivamente.

O aumento dos preços no grupo Transportes deveu-se, principalmente, a evolução de 2,59% na energia elétrica. Enquanto em Artigos de Residência as maiores contribuição positivas vieram dos Eletrodomésticos e equipamentos (1,01%) e dos Artigos de tv, som e informática (2,87%).

Por outro lado, o grupo Vestuário apontou a maior contribuição negativa do mês ao recuar 0,52%, com destaque para os itens roupas femininas, masculinas e calçados e acessórios. Este já é o terceiro mês consecutivo que o grupo Vestuário apresenta queda nos preços.

O indicador reforça pelo segundo mês um resultado positivo da inflação no mês de julho, após em maio sofrer com a menor variação mensal para o IPCA desde agosto de 1998, contribuindo para acelerar a inflação na análise em 12 meses. Tal resultado ainda se encontra abaixo do intervalo mínimo da meta de 2020 e atinge a marca de 2,3% na análise em 12 meses. Com isto, a perspectiva é de que a inflação fique abaixo do intervalo mínimo da meta, encerrando o ano em torno de 1,63%, ainda sujeito a mais variações em função da pandemia de COVID-19.

 

 

[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.