O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA)[1] apontou alta de 0,57% em abril. No acumulado em 12 meses houve avanço de 4,94%, ficando 0,37 p.p. acima do nível observado em março.  Com esse resultado, o indicador acumulou alta de 2,09% nos quatro primeiros meses do ano.

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve variação de 1,51% no mês, registrando o maior impacto ao índice geral (0,18 p.p.). O movimento de alta se deveu aos impulsos nos grupamentos de remédios (2,25%), higiene pessoal (2,76%), com destaque para os perfumes (6,56%), e plano de saúde (0,80%).

O segundo principal impacto foi do grupo Transportes, que apontou alta de 0,94% em relação a março (0,17 p.p.). Mesmo com desaceleração em relação ao avanço do mês anterior, a variação reflete principalmente a alta no preço da gasolina (aumento de 2,66% em média), seguido de passagem aérea (5,32%) e ônibus urbano (0,74%).

Após apresentar a principal alta do mês passado, o grupo Alimentação e Bebidas desacelerou na passagem de março (1,37%) para abril (0,63%). Tal desaceleração foi influenciada pela redução de 0,74 p.p. nos alimentos para consumo no domicílio, dadas as quedas no feijão-carioca (-9,09%) e nas frutas (-0,71%). Sendo ainda o grupo com terceiro maior impacto ao índice geral do mês.

O resultado de abril é o segundo maior do ano, contribuindo para posicionar o indicador um pouco mais distante do centro da meta. O desempenho do mês sofreu grande influência dos grupos de saúde e cuidados pessoais, transportes e alimentação que juntos responderam por 89,5% do índice do mês. Ainda assim, a perspectiva é de que a inflação siga um pouco acima da meta ao longo do ano e, caso mantida essa tendência, a expectativa é de que o indicador fique no patamar de 4,05% para 2019 e 4,00% para 2020.

[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.