O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA)[1] apontou alta de 0,75% em março. No acumulado em 12 meses houve avanço de 4,58%, ficando 0,69 p.p. acima do nível observado em fevereiro.  Com esse resultado, o indicador acumulou alta de 1,51% no primeiro trimestre do ano.

O grupo Alimentação e bebidas teve variação de 1,37% em março, registrando o maior impacto no índice geral (0,34 p.p.). O movimento de alta se deveu ao impulso no grupamento de alimentação no domicílio (2,07%), com destaque no aumento dos preços em tomate (31,84%), bata-inglesa (21,11%), feijão-carioca (12,93%) e frutas (4,26%).

O segundo principal impacto foi do grupo Transportes, que apontou alta de 1,44% em relação a fevereiro (0,26 p.p.). A variação reflete a alta no preço de combustíveis (3,49%), que teve maior influência do avanço de 2,88% na gasolina.

No sentido contrário, Comunicação (-0,22%) foi o único grupo que apresentou deflação no mês. Resultado puxado pela queda no preço dos aparelhos telefônicos (-1,44%) e ao item telefone fixo (-0,75%).

O resultado de março é o maior desde junho do ano passado, contribuindo para posicionar o indicador um pouco acima do centro da meta após quatro meses dentro do limite inferior. O resultado sofreu grande influência dos grupos de alimentação e transportes que juntos representam quase 43% das despesas das famílias. Ainda assim, a perspectiva é de que a inflação siga próxima da meta ao longo do ano e, caso mantida essa tendência, a expectativa é de que o indicador fique no patamar de 3,90% para 2019 e 4,00% para 2020.

[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.