O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)[1] recuou 0,38% no mês de maio. No acumulado em 12 meses houve recuo para 1,88%, 0,52 p.p. abaixo da variação observada em abril.  Com esse resultado, o indicador acumulou baixa de 0,16% no ano.

O grupo Transportes (-0,38 p.p.) foi o que registrou maior impacto negativo sobre o índice geral no mês. Resultado da queda dos preços observada nos combustíveis (-4,56%), com destaque para gasolina (-4,35%), o etanol (-5,96%) e o óleo diesel (-6,44%). Os grupos Vestuário e Habitação  também tiveram destaque, apresentando queda de 0,58% e 0,25% no período, respectivamente.

O recuo dos preços no grupo Vestuário deveu-se, principalmente, a queda de 0,88% nas roupas femininas e 0,74% nos calçados e acessórios. Enquanto em Habitação a maior contribuição negativa veio da energia elétrica (-0,58%).

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas apontou a maior contribuição positiva do mês ao avançar 0,24%, com destaque para os itens cenoura e frutas, que recuaram no mês, e no lado das altas a cebola, batata-inglesa e feijão carioca.

O indicador apresentou a menor variação mensal para o IPCA desde agosto de 1998, que recuou 0,51% no período, contribuindo intensamente para desacelerar a inflação na análise em 12 meses e posiciona-lo 2,1 p.p. abaixo da meta. Tal resultado já se encontra abaixo do intervalo mínimo da meta de 2020 e atinge a marca de 1,9% na análise em 12 meses. Com isto, a perspectiva é de que a inflação fique abaixo do intervalo mínimo da meta, encerrando o ano em torno de 1,53%, ainda sujeito a mais variações em função da pandemia de COVID-19.

 

 

[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.