O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) apontou aumento de 1,26% em junho. No acumulado em 12 meses o avanço foi de 4,39%, ficando 1,53 p.p. acima do nível observado em maio.  No acumulado entre janeiro e junho a inflação foi de 2,60%.

Apenas o grupo Vestuário apontou deflação no mês de junho (-0,16%), porém teve impacto praticamente nulo sobre o índice geral. Os demais grupos avançaram no período.

O grupo de Alimentos registrou a principal alta mensal (2,03%), sendo responsável por 0,50 p.p. do aumento do índice geral. O subgrupo alimentos para consumo em domicílio subiu 3,09% no mês. As principais altas foram para batata-inglesa (17,16%), leite longa vida (15,63%), frango inteiro (8,02%) e carnes (4,60%).

 

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O grupo Habitação registrou alta de 2,48%, gerando a segunda maior contribuição positiva sobre o índice geral, de 0,39 p.p. Nesse grupo, o principal impacto veio da elevação em energia elétrica (7,93%), dado que a bandeira tarifária vermelha vigora desde o dia 1° de junho.

Para Transportes o índice avançou 1,58%, sendo puxado pelos avanços em gasolina (5,0%) e etanol (4,22%). Ocorreram quedas em óleo diesel (-5,66%) e passagens aéreas (-2,05%), mas sem impacto relevante sobre o indicador geral.

A alta da inflação em junho foi impulsionada pelos aumentos dos preços de combustíveis, energia elétrica e alimentos, após os choques nos preços ocorridos durante a greve dos caminhoneiros no mês anterior. Esse resultado elevou a inflação para um nível próximo ao centro da meta, após ter ficado 11 meses abaixo do limite inferior estabelecido pelo Banco Central. A expectativa é de que com a recuperação da atividade econômica e juros mais baixos, a inflação acelere, mas permanecendo dentro dos limites da meta do Banco Central. Caso mantida essa tendência, a inflação deve ficar próxima do patamar de 4,00% para 2018 e 4,10% para 2019.