O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) apontou queda de 0,09 em agosto. No acumulado em 12 meses houve avanço de 4,19%, ficando 0,29 p.p. abaixo do nível observado em julho.  No acumulado entre janeiro e agosto a inflação foi de 2,85%.

O grupo Transportes apontou a maior deflação no mês de agosto (-1,22%). O grupo de Alimentação e Bebidas (-0,34%) também recuou no período, já os demais avançaram.

O recuo do grupo Transportes representou o maior impacto negativo para o índice no mês (-0,23 p.p.), puxado principalmente pela variação negativa nos preços de passagem aérea (-26,12%) e combustíveis (-1,86%).

O grupo Alimentação e Bebidas, apresentou em agosto a segunda deflação consecutiva (-0,12% em julho e -0,34% em agosto), ficando próximo à taxa observada em fevereiro (-0,33%). Refletindo queda nos preços de diversos itens importantes no consumo das famíliasipca-ago Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,53%) e Habitação (0,44%) registraram as principais altas do mês, sendo cada uma responsável por 0,07 p.p. do aumento do índice geral. Referente ao grupo Habitação, a elevação do subgrupo energia elétrica (0,96%) foi novamente o que apresentou maior impacto sobre o índice (0,04 p.p.), com manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 e reajustes em algumas regiões. Já para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais o maior impacto resultou do item plano de saúde (0,81%).

A deflação de agosto ocorre após o movimento de aumento dos preços entre os meses de maio e julho, período fortemente influenciado pela greve dos caminhoneiros e reajustes na energia elétrica residencial. Nesse sentido, a diminuição generalizada nos preços de Alimentos e a inversão no grupo Transportes em agosto, contribuíram para desacelerar a inflação acumulada em 12 meses, que vinha caminhando para o centro da meta.