Inadimplência sobe somente para as empresas.

Segundo o Banco Central, o estoque total de empréstimos e financiamentos atingiu R$3.074 bilhões em janeiro, com reduções de 1% no mês e de 3,9% em doze meses. A evolução mensal foi influenciada pela sazonalidade do crédito às empresas, saldo de R$1.508 bilhões, que recuaram 2,4%, enquanto as operações com pessoas físicas cresceram 0,3%, alcançando R$1.565 bilhões. A relação crédito/PIB decresceu para 48,7%, ante 53,2% em janeiro de 2016. Considerando a origem dos recursos, os recursos livres caíram 5,1% em doze meses, situando-se em R$1.532 bilhões, enquanto nos direcionados houve retração de 2,7% em doze meses, atingindo R$1.541 bilhões.

A taxa de inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) ficou estável no mês, com 3,7%. Concernente às categorias livres, houve leve piora da inadimplência das empresas (+0,2 p.p. frente a dezembro, totalizando 5,4%) e estabilidade nos recursos livres para as famílias (6,0%). A taxa média de juros total das operações de crédito do sistema financeiro situou-se em 32,8% a.a. em janeiro, com elevações de 0,8 p.p. no mês e de 1,5 p.p. em doze meses. Para os juros de recursos livres ao consumidor houve aumento de 1 p.p., atingindo 72,7%. Já para as empresas, a taxa aumentou 1 p.p. no mês nas contratações, alcançando 28,8% a.a. Com relação aos spreads, considerando a totalidade de recursos, foi registrado 23,8 p.p. em janeiro (alta de 3,8 p.p. em doze meses), sendo 41,7 p.p. nas operações livres e 4,6 p.p. nas operações com recursos direcionados.xxx