Contudo resultado em 4 trimestres caiu 1,4%.

Segundo o IBGE, o PIB (Produto Interno Bruto) aumentou 0,2% no 2T17 frente ao 1T17, na análise com ajuste sazonal. Este é o segundo resultado positivo na margem após 8 trimestres consecutivos de retração na atividade econômica. Considerando o crescimento semestral, a variação do 1S17 contra o 1S16 foi nula. No que tange a análise dos dados sazonais, considerando a variação acumulada em 4 trimestres, a tendência continuou acelerando, passando de -2,3% registrados no último trimestre, contra atuais -1,4%. Já na variação interanual, também houve uma leitura positiva, de 0,3% (contra -0,4% no 1T17).

Considerando os dados com ajuste sazonal, o destaque positivo foi o consumo das famílias, principal componente por esta ótica (com representatividade perante ao PIB de 62,3%), que avançou 1,4% na comparação entre o segundo trimestre e o primeiro. Por sua vez, exportações também apresentaram um desempenho positivo de 0,5% na mesma base de comparação, ao passo que importações caíram 3,5% (quando comparado o 2T17 com o 1T17).

Avaliando o lado da oferta usando dados dessazonalizados, com exceção do setor de Indústria, que recuou 0,5%, a agropecuária registrou variação nula (0,0%) e o setor de serviços apresentou expansão de 0,6% em comparação com o primeiro trimestre.

Considerando o desempenho do setor industrial, o desempenho negativo na comparação trimestral foi do setor de Construção Civil (-2,0%) e Produção e Distribuição de Eletricidade, gás e água (-1,3%).

Considerando a comparação com o segundo semestre do ano anterior, o desempenho da agricultura continua sendo o destaque, com avanço de 14,9%. Finalmente, quando analisada a variação acumulada em 4 trimestres (gráfico ao lado) é possível observar o desempenho positivo do setor (leitura de 6,2% no 2T17).

Dessa forma, a melhora do PIB no segundo trimestre do ano reflete, pelo lado da oferta, o bom resultado para o setor de serviços. Pela ótica da despesa, após 9 trimestres de queda, o Consumo das famílias voltou a crescer (crescimento de 1,4% na comparação entre os dois últimos trimestres). Assim, a expectativa de melhora no que diz respeito ao consumo persiste, dado que já vemos sinais de melhora nos indicadores do mercado de trabalho. O cenário internacional ainda continua favorável também para as exportações. Por fim, um cenário mais positivo para a economia aparece, uma vez que as perspectivas futuras já se ancoram em dados mais positivos projetados pelo mercado, como juros e inflação, além dos próprios indicadores de atividade econômica, que projetam um cenário mais benigno quando comparado a 2016.

Segue abaixo tabela contendo o resumo dos dados citados:

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