Por Yan Cattani, economista da Área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista SCPC  

 De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego de agosto registrou 5,0% da população economicamente ativa em agosto, após ajustes sazonais. Na série sem ajuste sazonal, a taxa de desocupação nas regiões metropolitanas ficou configurada da seguinte maneira: Recife (7,1%), Salvador (9,3%), Belo Horizonte (4,2%), Rio de Janeiro (3,0%), São Paulo (5,1%) e Porto Alegre (4,8%).

Já com relação aos rendimentos reais, o valor médio habitual foi de R$2.055,50, aumentando apenas 0,1% na comparação mensal contra julho (ajustada sazonalmente). Na comparação interanual (mesmo mês do ano anterior) houve alta de 2,5%, tornando a acelerar os valores acumulados em 12 meses (quando comparado contra o mesmo período do ano anterior), que passou de 2,6% no mês passado, para 2,7% neste mês.

Em linhas gerais, o diagnóstico permanece o mesmo: o mercado de trabalho continua apertado, mas já demonstrando sinais de deterioração. Tal evidência pode ser observada pelas últimas taxas de desemprego após aplicação de tratamentos sazonais nas séries. Ademais, a alta dos rendimentos reais neste ano também apresenta menor intensidade, uma vez que seus valores recentes permanecem em patamares muito próximos à média histórica da série (calculada desde fevereiro de 2004). Desta forma, esperamos até o fim do ano ainda pequenas elevações do desemprego, encerrando o ano com uma desocupação média de 5,0%. Já para os rendimentos reais, a expectativa é de 2,5% de elevação frente a 2013.

 PME ago14