De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), a taxa de desemprego aumentou para 13,1% no trimestre móvel encerrado em março de 2018. O resultado ficou 1,3 p.p acima do registrado no trimestre encerrado em dez/17 e 0,6 p.p. abaixo do mesmo período do ano passado.

Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 13,7 milhões em março (aumento de 11,2% ante dezembro/17 e queda de 3,4% na comparação interanual).

O movimento de alta da taxa de desemprego para o primeiro trimestre é impactado pelo movimento de desmobilização de pessoal contratado de forma temporária no final de 2017 e início de 2018, dado o impacto sazonal desse período.

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A população ocupada (PO) caiu 1,7% na comparação com trimestre móvel anterior, com queda em todas as modalidades de emprego; apesar disso, avançou novamente na comparação interanual (1,8%). Entretanto, este avanço deu-se a partir do aumento do emprego informal, uma vez que houve aumento em posições “sem carteira” (5,2%) e por “conta própria” (5,7%) e redução da modalidade “com carteira assinada” (-1,5%).

Na comparação com o trimestre móvel encerrado em dez/17, destaca-se a diminuição das ocupações nos setores de construção (-5,6%), industrial (-2,7%), comércio (2,2%). Estes setores são também os que concentram maior parte da população empregada, tendo, portanto, importante impacto sobre o resultado da taxa de desemprego total.

A População Economicamente Ativa (PEA) apresentou leve declínio em comparação com o trimestre de dez/17 (-0,1%) e ampliou-se em 1,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual cresceu 1,7% no acumulado em 12 meses e ficou estável em comparação com mar/17.

A expectativa para 2018 é de redução da taxa de desemprego, porém em ritmo lento e em linha com a ainda embrionária retomada da economia brasileira. Com a baixa taxa de inflação esperada para 2018, deverá ocorrer leve elevação da média dos rendimentos reais.

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