De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego avançou para 12,6% no trimestre móvel encerrado em abril. Estando 0,4 p.p. acima do registrado no mês anterior e 0,1 p.p. maior em relação ao mesmo período do ano passado (12,5%).

Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,8 milhões, sendo 0,3% menor do que o registrado em março.

A população ocupada (PO), por sua vez, recuou 3,2% no mês e 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se em abril o recuo em todas as posições, com exceção do “empregado no setor público” que subiu 2,2% no período. Dentre os setores que recuaram no mês, destaque para os segmentos de “empregado no setor privado sem carteira” e  “empregado no setor privado com carteira” que recuaram 8,1% e 2,7%, respectivamente.

Nos grupamentos por atividades, ainda na comparação mensal, o único aumento ocorreu nas ocupações em Administração Pública (0,9%). Por outro lado, as quedas mais expressivas do período ocorreram nos setores de “Comércio”, ao recuar 3,9%, “Construção” que diminuiu 7,6% e “Serviços Domésticos” ao ceder 7,5%.

A População Economicamente Ativa (PEA) contraiu 2,9% na base mensal e 3,3% com relação ao mesmo período de 2019.

No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual avançou para 0,8%, interrompendo o processo de desaceleração iniciado em outubro.

O avanço mensal na taxa de desemprego confirma o mal desempenho dos principais setores da economia e contribui para acelerar o indicador na análise em 12 meses. O resultado está em linha com as expectativas de mercado e reflete a chegada da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Importante notar que os dados apresentados no indicador demonstraram altas variações em função das medidas restritivas ao Covid-19 e seus impactos na economia. Portanto, espera-se que o índice continue refletindo as adversidades do cenário atual e siga com seu ritmo de crescimento ao longo de 2020.