Dados divulgados hoje pelo IBGE revelam que a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avançou 0,7% na comparação mensal ajustada sazonalmente.

Na comparação com fevereiro de 2018, a atividade cresceu 2,0%. Já referente ao acumulado dos últimos doze meses, o indicador cresceu cerca de 0,5%.

Segundo a análise mensal dessazonalizada, a indústria de transformação apontou alta de 1,0% em comparação com janeiro. Dentre os ramos industriais houve avanço da atividade em 16 dos 26 pesquisados, sendo que as principais influências positivas ocorreram em: veículos automotores, reboques e carrocerias (6,7%), produtos alimentícios (3,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%). Por outro lado, os resultados negativos que mais impactaram a média global de fevereiro ocorreram em vestuário e acessórios (-4,8%), produtos de metal (-2,0%), móveis (-4,1%) e produtos do fumo (-8,5%). Vale citar também a queda de 14,8% das indústrias extrativas no mês, pressionada pela queda na produção de minérios de ferro, relacionada ao rompimento de uma barragem na região de Brumadinho (MG).

Dentre as grandes categorias, em fevereiro apenas o grupo de Bens Intermediários (-0,8%) apontou retração. Os grupos de Bens de Capital e Bens de Consumo cresceram 4,6% e 1,6%, respectivamente.

O resultado de fevereiro contribui para compensar a queda do mês anterior e frear a desaceleração da atividade na análise em 12 meses, que vem ocorrendo desde agosto do ano passado. No entanto, na análise mês a mês o setor vem oscilando sem conseguir manter uma trajetória clara de recuperação, refletindo a fragilidade da atividade industrial e a dificuldade de retomada da produção. Para o resto do ano, melhores resultados dependerão da retomada da confiança, melhor desempenho nos demais setores e queda no desemprego. Segundo as projeções reunidas no relatório Focus, pode-se esperar que a produção industrial cresça em torno de 2,5% em 2019.