De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo restrito recuou 0,7% em relação ao mês anterior, enquanto na relação contra janeiro do ano anterior houve uma queda de 7,1%. Já na variação acumulada em 12 meses, após atingir quedas de quase 7% no meio de 2016, a curva se inverteu, mostrando tendência de crescimento, conforme mostra o gráfico abaixo. Ademais, o varejo ampliado (que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção) também seguiu trajetória semelhante à restrita.

Avaliando as séries com ajuste sazonal (variação mensal), as três principais quedas observadas foram nos seguintes setores: equipamentos e matérias para escritório (-4,8%), Combustíveis e lubrificantes (-4,4%) e Livros, jornais e revistas (-1,9%). Conforme gráfico abaixo, três setores avançaram neste mês: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%), Veículos, motos, partes e peças (0,3%) e Tecidos, Vestuários e calçados (4,1%).

A tendência de melhora acontece em quase todos os setores do comércio varejista.  A tabela mostra a evolução recente dos dados por categorias do Varejo.

O resultado de janeiro continua refletindo a queda dos rendimentos reais, além do cenário atual de restrição ao crédito. O cenário de cautela permanece, mas revela aos poucos uma retomada que deve se consolidar ao longo do ano. O indicador de Movimento do Comércio da Boa Vista SCPC também já vem mostrando essa tendência.  O gráfico mostra a relação entre os indicadores do Boa Vista e o do IBGE.

Apesar dos resultados ruins no mês, a Boa Vista continua trabalhando com um cenário de estabilidade para o comércio varejista em 2017, revertendo os resultados negativos dos últimos dois anos.