Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE divulgada hoje, o volume do setor de serviços avançou 0,2% em dezembro na comparação com o mês anterior (dados dessazonalizados). Em relação ao mesmo mês do ano anterior o indicador apontou queda de 0,2%. Em 2018 o setor recuou 0,1% em relação aos 12 meses de 2017.

Nos resultados mensais com ajuste sazonal, apesar da variação positiva no mês, quatro das cinco atividades pesquisadas registraram queda em dezembro, destacando-se como principal impacto negativo a retração do grupo de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,5%). Por outro lado, o ramo de serviços de informação e comunicação (0,2%) foi o único que avançou no período, apontando o quarto mês seguido de alta.

No ano houve retração em duas das cinco atividades pesquisadas, o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) exerceu a principal influência negativa sobre o índice geral. Em contrapartida, o ramo de transportes e correio (1,2%) apresentou o maior impacto positivo ao índice global, puxado pelo aumento no volume de receitas de transporte rodoviário de carga, de gestão de portos e terminais, de transporte aéreo de passageiros e de operação de aeroportos.

Em termos regionais, no ano houve desempenho negativo em 23 dos 27 estados. O principal impacto negativo ocorreu no Rio de Janeiro (-3,2%), seguido do Ceará (-7,1%), Bahia (-3,3%), Paraná (-1,7%) e Rio Grande do Sul (-1,7%). São Paulo (2,1%) foi o Estado que registrou a contribuição positiva mais relevante sobre o índice nacional.

Por fim, foi observado crescimento da receita nominal de 2,7% em 2018. No mês de dezembro registrou alta de 0,8%, de acordo com dados dessazonalizados.

Os dados de dezembro revelam que a atividade do setor de serviços continua em recuperação, ainda que em marcha lenta. O resultado acumulado em 12 meses ficou próximo da estabilidade como observado desde outubro.

Durante 2018 o indicador não mostrou uma tendência clara sobre o ritmo de retomada, acompanhando a fragilidade do mercado de trabalho e as incertezas econômicas. Contudo, a atividade do setor apresentou leve melhora ao encerrar o ano com o melhor resultado desde 2014. Desta forma, para 2019 espera-se que o indicador siga evoluindo de forma gradual, e um desempenho mais robusto dependerá da melhora no mercado de trabalho e evolução nos demais setores da economia.