Pesquisa realizada com empresários, de todo o Brasil, para identificar as perspectivas de vendas para o período do Dia dos Pais demonstra que, mesmo com a retomada gradual do comércio, a data não anima o varejo. De acordo com o levantamento da Boa Vista, 19% dos empresários estão otimistas paras as vendas na data. Outros 29% acreditam que ficarão como estão e 52% se dizem pessimistas.

Ainda segundo o estudo da Boa Vista, 78% dos entrevistados acreditam que o volume de vendas será igual ou menor que do Dia das Mães. Na média, apenas 12% preveem aumento nas vendas em relação ao ano de 2019. A perspectiva de aumento é de 15% no Comércio, de 10% no setor de Serviços, e 29% para a Indústria.

A pesquisa aponta que 75% dos empresários concordam que há uma demanda reprimida nos consumidores. Por outro lado, 53% deles discordam que isto é sinônimo de melhora nas vendas.

A data, uma das mais significativas em vendas para o varejo (atrás apenas de Natal, Black Friday e Dia das Mães), representa no faturamento, em média, para 44% das empresas, até 5% do volume total de dinheiro movimentado ao longo do ano.

Parcimônia na criatividade e no valor

A escolha dos artigos para presentear não muda se comparado com anos anteriores. Para 39% dos empresários, itens de vestuário seguem como opção favorita. Acessórios (como cintos e carteiras), e bebidas, igualam-se em 2ª posição, seguidos de perfumaria, telefonia, eletrônicos e ferramentas.

Quando questionados sobre pretensão de gastos dos clientes, a expectativa para 62% dos empresários entrevistados é de que os consumidores gastem até R$ 100 por presente, e 90% dos consumidores deverão gastar o mesmo ou menos em relação a igual período do ano passado. Apenas 12% do comércio espera que os consumidores desembolsem um valor superior.

E-commerce para impulsionar as vendas

O levantamento identificou que os empresários farão uso de mais de um canal para realizarem as suas vendas. Do total de consultados, 39% já utilizam loja virtual e 31% operam com loja física e loja virtual.

Para 64% dos empresários, os investimentos em loja virtual serão mantidos para alavancar as vendas do Dia dos Pais. E para 90% dos consultados no estudo, independentemente da data, os investimentos neste canal serão continuados. Detalhes na imagem abaixo:

Em média, 51% dos empresários viram novas oportunidades de negócios por meio do comércio eletrônico, destes, 18% ainda irão implantá-la (33% implantaram logo após a crise).

Além da data comemorativa

O estudo da Boa Vista buscou entender as necessidades dos empresários em temas que extrapolam a data do Dia dos Pais, e identificou que estão receosos quanto a reabertura do comércio e serviços. Mesmo assim, 7 em cada 10 deles aprovam a retomada gradual. Sendo que 43% dos participantes apontaram que as primeiras semanas de retomada promoveram melhora nos negócios. Entretanto, 34% do Comércio ainda sofrem com a diminuição das vendas, indicam os resultados do estudo.

Quando questionados sobre as novas regras para a reabertura dos negócios, 62% dos empresários, em média, estimam perdas acima de 30% nos negócios, comparado ao ano anterior. Eles avaliam que prospectar e conseguir manter os clientes atuais são as principais necessidades atuais para prosperar o negócio, seguido de crédito para manutenção do negócio e aumento da taxa de aprovação de crédito.

“Se por um lado, como mostra a pesquisa, o otimismo ainda não acomete a maior parte dos empresários em relação ao aumento das vendas na próxima data comemorativa, por outro, mostra que a maioria está interessada em manter os canais online para prospectar e manter clientes. E para isso, há no mercado, soluções que geram estudos de geolocalização e comportamental que ajudam os empresários a tornarem suas estratégias de vendas mais eficazes, para atingir quem de fato pode ser um potencial consumidor”, analisa Lola de Oliveira, diretora de Produtos 2.0 e de Relacionamento da Boa Vista.

Metodologia

Pesquisa sobre perspectivas de vendas para o Dia dos Pais (Pessoa Jurídica), realizada pela Boa Vista, entre 06 e 17 de julho, com 600 empresários, representantes dos setores do Comércio, de Serviços e Indústria, de todas as regiões do Brasil. Para a leitura dos resultados considerar cerca de 3 p.p.(pontos percentuais) de margem de erro e 90% de grau de confiança.