Por Marcel Caparoz, da RC Consultores

 

O Brasil sofreu em 2013 um novo recuo da sua participação no comércio mundial de mercadorias, de acordo com a Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), tendo sua participação reduzida de 1,6% para meros 1,4% do total das exportações mundiais, que atingiram no ano passado o patamar de US$ 16,7 trilhões. Segundo outro levantamento, da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2013 o comércio mundial teve alta de 2%, enquanto as exportações brasileiras registraram queda de 1% em relação ao ano anterior.

É evidente a perda do dinamismo brasileiro no mercado mundial de mercadorias. O saldo da balança comercial já não registra os superávits de outrora, e deverá se manter reduzido nos próximos anos. Os bons resultados da nossa balança foram privilegiados pelos índices de preços dos produtos exportados, e não nos seus índices de quantum. Passada a bonança dos preços das commodities, o que nos resta é um cenário onde a manufatura brasileira não consegue competir com os demais players do mercado internacional. Daí a importância de se buscar maneiras de se elevar a eficiência produtiva brasileira. A busca por novos parceiros internacionais, como é o caso de um eventual acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, também contribuiria para um melhor desempenho do País no mercado internacional. Este tema deveria ser tratado com muita seriedade pelos candidatos à presidência.

Ed.396