Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

O FMI rebaixou mais uma vez a projeção de crescimento para a economia brasileira. Para o ano de 2013, o FMI prevê um crescimento de 2,5% do PIB ante os 3,0% projetado em abril. Para 2014 a projeção passou a ser de 3,2%. No geral, o FMI prevê um crescimento menor para as economias emergentes. O México teve revisão para baixo nas projeções de 2013, de 3,4% para 2,9%. A China deve crescer 7,8% em 2013 e 7,7% em 2014, respectivamente. Por sinal, hoje a China divulgou os números do comércio internacional. As exportações recuaram 3,1% na comparação interanual (a maior queda observada desde o início da crise global) e as importações reduziram-se em 0,7%, quando o mercado esperava um crescimento de 6%. Esse resultado deixa poucas dúvidas sobre a atual fase de desaceleração que se encontra a segunda maior economia do mundo.

O FMI mantém sua cota de atraso. Enquanto a RC Consultores desde o ano passado projetava um crescimento do PIB brasileiro em 3,0%, em outubro o FMI divulgava em seus relatórios que o “Brasil voltará aos índices de crescimento acima da média mundial em 2013, quando atingirá 4%”. Com o consumo das famílias demonstrando saturação por conta de um maior comprometimento da renda familiar, os esperados investimentos abaixo da expectativa e um cenário externo que não tem nos favorecido, a RC Consultores reduziu sua projeção de crescimento do PIB de 2,7% para 2,1% para este ano.

Ed.223