Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores 

Barack Obama foi reeleito para continuar seu projeto por mais quatro anos. A vitória do democrata foi mais ampla do que previam as pesquisas eleitorais. No Congresso, os republicanos devem manter a maioria na Câmara e os democratas permanecerão com a maioria no Senado.

Passado o entusiasmo com a vitória, Obama tem pela frente enormes desafios, a começar pelo abismo fiscal em janeiro. Se não houver um acordo no Congresso até final de dezembro haverá duas opções: aceitar os cortes programados nos gastos, afetando cerca de mil programas de governo, incluindo as áreas de Educação, Saúde e Defesa, ou elevação de impostos. Obama sabe que as próximas semanas serão de intensas negociações com o Congresso para encontrar uma solução que equilibre o elevado déficit, em situação quase insustentável, com o risco de mais uma recessão no próximo ano. O processo das negociações no Congresso americano até o fim do ano vai agitar os mercados globais. De um lado, com as apostas de um fracasso em impedir o mergulho no abismo e, do outro, de um acordo interpartidário que contorne a recessão.

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