Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores 

A taxa de investimento no Brasil, calculada pelo IBGE, foi de 17,9% no segundo trimestre, inferior à de 18,8% no mesmo período do ano passado. Com esse resultado, a Formação Bruta de Capital Fixo caiu durante quatro trimestres consecutivos, entre julho de 2011 a junho de 2012.

Para este ano e 2013 a taxa de investimento deve se situar em torno de 18,5% do PIB. Número muito abaixo do necessário para que o Brasil possa crescer, de maneira sustentada, a 5% ao ano. O nível de poupança doméstica, em torno de 16,6% em 2012, é baixo e os estímulos ao consumo não induzem ao investimento. O aumento do investimento depende de desoneração e simplificação fiscal, melhora substancial da infraestrutura e cenário favorável aos negócios. Sem reestruturar os sistemas de poupança e investimento, o Brasil vai continuar patinando em crescimento muito abaixo do potencial. 

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