Pesquisa da Boa Vista realizada com cerca de mil empresas, em todo o país, ao longo do 2º trimestre de 2019, observou que a inadimplência dos negócios, para empresas de todos os portes, deverá crescer ao longo do ano, na comparação com o que se projetava no 1º trimestre do ano. Essa percepção é maior entre as pequenas e médias, cujos respondentes saltaram de 16% para 30% (14 pontos percentuais de crescimento), e de 4% para 14% (10p.p. de crescimento), respectivamente, como ilustra a imagem logo abaixo:

Endividamento

A percepção de endividamento diminuiu neste 2º trimestre em relação ao trimestre anterior somente para as pequenas empresas (de 38% para 52%). Já para as empresas dos outros três portes, aumentou a percepção de endividamento, em especial entre as de médio porte (13% esperam aumento do endividamento, contra 6% no trimestre anterior, ou seja, um aumento de 7p.p.).

Investimentos

Ainda segundo a pesquisa da Boa Vista, a perspectiva para novos investimentos, ao longo deste ano, caiu entre as micro e pequenas empresas no 2º trimestre, de 62% para 50% e de 64% para 52%, respectivamente.

Já quando o assunto é em qual área irão investir mais, 44% das micro e pequenas empresas responderam que pretendem fazê-lo em Pessoal e Força de Trabalho. No 1º trimestre eram 52% e 58%, respectivamente.

Já 14% das médias empresas pretendem investir mais em Pessoal e Força de Trabalho, contra 66% no 1º trimestre. Entre as grandes empresas, o percentual saltou para 67% (era 41% no trimestre anterior).

Por outro lado, pouco mais da metade das microempresas, 55% delas, pretendem investir mais em tecnologia até o final de 2019. Entre as pequenas, o percentual de respondentes nesta área foi de 45%. Entre as médias de 50% e entre as grandes de 67%. Em todos os portes, a intenção de aumentar os investimentos em Tecnologia ficou inferior aos observados no 1º Tri/19.

Microempresas, por sua vez, demonstram mais interesse em investir em Novos Produtos e Serviços (52% das menções), contra 41% das pequenas e 29% entre as médias, ficando atrás apenas das grandes empresas (60% das grandes empresas pretendem investir mais em novos produtos e serviços).

Faturamento

Na comparação entre o 1º e o 2º trimestre de 2019, a perspectiva de crescimento no faturamento caiu para empresas de quase todos portes, exceto para pequenas. Sendo que de um modo mais acentuado para as médias empresas: no 1º trimestre 72% acreditavam que o faturamento iria crescer, e no 2º o percentual registrado foi de 43%. Já a perspectiva de crescimento no faturamento entre as pequenas empresas saltou de 64% para 70%.

Neste 2º trimestre, empresas de todos os portes registram uma intenção mais acentuada em não demandar crédito. O destaque ficou para as pequenas e médias, com 55% e 57%, respectivamente.

Entre as que pretendem demandar crédito, 53% das micro e 46% das pequenas empresas responderam que o principal motivo será para novos investimentos até o final de 2019, também o principal motivo das grandes (56%). Já para as médias, a maior parte (67%) disse que pretende pagar empréstimos e credores.

Já quando abordadas sobre as taxas de juros decorrentes da tomada de crédito, 50% das pequenas, 100% das médias e 33% das grandes responderam que esperam pagar taxas menores. Apenas entre as micro caiu o percentual das que acreditam que irão pagar taxa de juros menores (eram 45% no 1º trimestre e agora são 39%).

O link a seguir contém os infográficos que ilustram de modo geral estes dados por porte. Acesse!

Metodologia

A Pesquisa Perspectiva Empresarial – 2º Trimestre (evolutivo 2018 e 2019) buscou identificar a percepção dos empresários do ponto de vista econômico e as perspectivas para o ano de 2019. Para a sua realização foi usada a metodologia quantitativa com coleta de informações, por meio de pesquisa eletrônica via internet. O seu universo é representado cerca de mil empresas dos diferentes setores de Comércio (atacadista e varejista), Serviços (Instituições Financeiras e Construção Civil) e Indústria. Para leitura geral dos resultados, deve-se considerar 95% de grau de confiança, e margem de erro de 3%, para mais ou para menos.