Os registros de inadimplência caíram 0,4% em 2013, em todo o país, conforme apuração da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Em dezembro, contra novembro de 2013, houve redução de 4,5%,  descontados os efeitos sazonais.

Ao longo dos primeiros seis meses de 2013, os registros de inadimplência mantiveram a queda iniciada no final de 2012. Entretanto, a partir do segundo semestre, após uma reversão temporária desta tendência, o indicador encerrou o ano em queda, com nível menor que o registrado em dezembro do ano anterior.

A melhoria do quadro da inadimplência pode ser justificada pela continuidade de fatores como aumento dos rendimentos reais, baixo desemprego, queda dos juros, entre outros. Além disso, em 2013 houve um grande ajuste do mercado de crédito, tornando-o mais saudável, com credores mais seletivos e consumidores mais cautelosos em relação ao uso do crédito.

O valor médio das dívidas vencidas e não pagas registradas em dezembro de 2013 foi de R$1.386.

Regiões

No mês de dezembro de 2013, os indicadores das regiões Nordeste e Sudeste foram os que mais caíram, respectivamente 4,7% e 5,2%, expurgados os efeitos sazonais. No Centro-Oeste a queda foi de 2,6%, Norte 3,2% e Sul 2,9%.

Ao confrontar o resultado acumulado de 2013 com 2012, a região Sudeste foi a única a apresentar retração (-3,4%), trazendo o indicador geral para baixo. As elevações mais relevantes ocorreram no Nordeste (7,2%) e no Norte (4,7%).

Varejo

Quando considerado apenas o setor de varejo, o indicador apresentou queda de 1,2% do total de registros em 2013, contra 2012.  Dentre as regiões, a que mais se destacou no acumulado do ano foi a região Centro-Oeste, com queda de 5,4%. No Sul e Nordeste, houve queda de 1,2% para ambas regiões, enquanto para as demais regiões, Norte e Sudeste, foram observadas quedas de 0,1% e 0,7%, respectivamente.

O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista pelas empresas credoras. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal.