Levantamento da Boa Vista SCPC, realizado em setembro de 2015, identificou que do total de consumidores que buscaram crédito no varejo e em financeiras no último ano (entre março de 2014 e março de 2015), 17% foram obtidos por jovens com idade até 26 anos. E mais, entre estes jovens consumidores, cerca de 25% se tornaram inadimplentes nos 6 meses posteriores. O estudo observou ainda que quanto maior a faixa etária, menor é a inadimplência.

Segundo Maria José Barros, diretora de sustentabilidade da Boa Vista SCPC, este levantamento demonstra o quanto de demanda por crédito este jovem buscou na praça, assim como o nível de inadimplência que gera ao não conseguir honrar o pagamento das suas dívidas. E mais, demonstra, o quanto este jovem consumidor está ávido, não só por crédito, emprego e renda, mas também por informações que o ajudem a ter uma vida financeira saudável. Por todos esses motivos a Boa Vista SCPC oferece para escolas e universidades a possibilidade de levar orientações sobre finanças pessoais e orçamento doméstico aos seus alunos, gratuitamente, com o apoio de seus colaboradores voluntários, que ministram palestras sobre estes temas.

“Iniciado em 2010, o Programa de Educação Financeira corrobora com uma das principais premissas da Boa Vista SCPC: a promoção da sustentabilidade do crédito no país. Por seu intermédio, capacitamos nossos colaboradores para que se tornem multiplicadores do tema nos mutirões de renegociações de dívidas, o Acertando suas Contas, e em cursos ministrados voluntariamente em escolas e universidades. O nosso público-alvo é formado por jovens com até 26 anos, muitos em busca do primeiro emprego, ou que acabam de entrar no grupo da população economicamente ativa”, explica Maria José.

Atualmente cerca de 300 jovens, alunos da Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social) recebem o curso de Educação Financeira. No primeiro semestre, outros 300 já foram beneficiados. “Nossos voluntários explicam de forma clara e didática, a importância da educação financeira, e como alcançar o equilíbrio entre receita e despesas pode contribuir para a realização dos projetos pessoais e profissionais”, complementa a diretora de sustentabilidade. O conteúdo do Programa de Educação Financeira da Boa Vista SCPC aborda questões relacionadas ao orçamento doméstico; poupança; controle de gastos; consumo responsável, entre outros. E mais, todo participante ganha também a cartilha do Orçamento Doméstico e um cofrinho.

Segundo Marisol Hepp Parrilla, coordenadora de Capacitação Profissional da Unibes, a parceria com a Boa Vista SCPC teve início no primeiro semestre de 2015, para contribuir com a formação dos jovens que participam da Capacitação Profissional. “Nosso conteúdo busca preparar os jovens para mercado de trabalho. Nós também os auxiliamos na conquista do primeiro emprego, uma vez que buscamos oportunidades de inserção em empresas parceiras. É natural, dentro deste contexto, oferecermos o conhecimento para que cada jovem possa melhor administrar os seus rendimentos, por isso incluíamos na nossa programação noções de consumo, poupança, e a parceria com a Boa Vista SCPC vem ao encontro desse objetivo”, relata Marisol.

Gleyce Vieira da Silva Sasaqui, analista sênior da área de Produtos e Promoção de Canais da Boa Vista SCPC é colaboradora voluntária do Programa de Educação Financeira. Ela conta que a formação que recebeu para ministrar o curso fez toda a diferença na sua vida, porque passou a organizar também as suas finanças. A colaboradora, não só conseguiu quitar as dívidas, como passou a ensinar os familiares a usarem melhor o dinheiro. “Participar do Programa de Educação Financeira fez toda diferença na minha vida”, relata. “O curso me ensinou a ter disciplina, a perceber a importância de colocar as receitas e despesas no papel. Hoje, quando eu ministro o curso, quero ajudar os participantes a alcançarem o mesmo êxito que eu obtive”, revela a colaboradora.

Para Andressa Brandão de Oliveira, aluna de 17 anos da Unibes, que acabou de participar do curso de Educação Financeira, o conteúdo apresentado foi tão esclarecedor que mereceu a atenção de toda a sua turma, que fez várias perguntas. Com exemplos práticos, ela e os colegas conseguiram compreender como aplicar, no dia a dia, questões do orçamento doméstico e finanças pessoais. Segundo a jovem, de todos os temas o que mais chamou a atenção foi a proposta de se fazer um plano familiar. “Eu gostei tanto que no mesmo dia, quando cheguei em casa, conversei com os meus pais e sugeri que cortássemos gastos para economizar, e mesmo em pouco tempo já estamos com bons resultados. Eles gostaram muito”, conta Andressa.