O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)[1] variou 0,51% no mês de novembro. No acumulado em 12 meses houve avanço de 3,27%, 0,7 p.p. acima da variação observada em outubro.  Com esse resultado, o indicador acumulou alta de 3,12% no ano.

Os grupos Despesas Pessoais (+0,13 p.p.) e Alimentação e Bebidas (+0,18 p.p.) foram os que registraram maior impacto positivo sobre o índice geral no mês. Resultado das variações de 1,24% em Despesas Pessoais e 0,72% em Alimentação e Bebidas.

O aumento dos preços no grupo Alimentação e Bebidas deveu-se, principalmente, ao avanço de 8,09% das carnes, com impacto individual de 0,22 p.p. no IPCA do mês. Já o grupo Despesas Pessoais teve alta influenciada pelo item jogos de azar (24,35%).

Por outro lado, o grupo Artigos de residência apontou a maior deflação do mês ao recuar 0,36% com impacto de -0,01 p.p. sobre o índice geral.

Após registrar a única variação negativa do ano em setembro e o menor resultado para o mês desde 1998, o indicador continua a subir em novembro, contribuindo para acelerar a inflação na análise em 12 meses e posiciona-lo mais próximo ao centro da meta. Com isto, a perspectiva é de que a inflação fique um pouco abaixo do centro da meta em 2019, encerrando o ano em torno de 3,5%.

A trajetória da inflação nos últimos meses, somada às expectativas sob controle e ao ritmo lento de crescimento da atividade, tende a colaborar para a continuidade da redução da taxa básica de juros, que já passou de 5,5% para 5,0% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e deve chegar a 4,50% até o final de 2019 de acordo com a mediana das expectativas do mercado reportada pelo Banco Central.

[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.