Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu 88,1 pontos em julho (queda de 0,5% contra junho), na série livre de influências sazonais. Após a alta de junho – a primeira em quatro meses –, o indicador voltou a cair na comparação mensal. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,6%, enquanto o de Expectativas (IE) recuou 2% nesta base de comparação. Em relação ao mesmo período do ano passado (comparação interanual), o ICC, o ISA e o IE registraram aumento de 4,3%, 1,1% e 5,9%, respectivamente.

O ICC, assim, segue oscilante, em um patamar historicamente baixo, influenciado, principalmente, pela lenta recuperação da economia e pelo elevado nível de desemprego e subutilização da mão de obra. O noticiário positivo em torno do avanço da reforma da Previdência no Congresso e, especialmente, a esperada liberação dos recursos de contas ativas e inativas do FGTS tendem a influenciar positivamente o indicador. O impacto da liberação dos recursos na confiança dos consumidores, contudo, depende da definição da medida – a ser divulgada hoje –, que pode frustrar expectativas iniciais e limitar, com isto, seu efeito no ICC.