O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)[1] avançou 0,26% no mês de junho. No acumulado em 12 meses houve evolução para 2,13%, 0,25 p.p. acima da variação observada em maio.  Com esse resultado, o indicador acumulou baixa de 0,11% no ano.

O grupo Alimentação e bebidas (0,38%) foi o que registrou maior impacto positivo sobre o índice geral no mês. Resultado do aumento dos preços observada nas carnes (1,19%) e no leite longa vida (2,33%). Os grupos Transportes e Artigos de Residência também tiveram destaque, apresentando avanço de 0,31% e 1,30% no período, respectivamente.

O aumento dos preços no grupo Transportes deveu-se, principalmente, a evolução de 3,24% na gasolina. Enquanto em Artigos de Residência as maiores contribuição positiva vieram dos Eletrodomésticos e equipamentos (2,92%) e dos Artigos de tv, som e informática (3,80%).

Por outro lado, o grupo Vestuário apontou a maior contribuição negativa do mês ao recuar 0,46%, com destaque para os itens roupas femininas, infantis e calçados e acessórios.

O indicador apresentou um resultado positivo da inflação no mês de junho, após em maio sofrer com a menor variação mensal para o IPCA desde agosto de 1998, contribuindo para acelerar a inflação na análise em 12 meses. Tal resultado ainda se encontra abaixo do intervalo mínimo da meta de 2020 e atinge a marca de 2,1% na análise em 12 meses. Com isto, a perspectiva é de que a inflação fique abaixo do intervalo mínimo da meta, encerrando o ano em torno de 1,63%, ainda sujeito a mais variações em função da pandemia de COVID-19.

 

 

 

 

[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.