De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego em junho atingiu 6,9% da população economicamente ativa, sendo o maior valor registrado desde julho de 2010. O mês superou em 0,2 p.p. o mês de maio e em 2,1 p.p. o mesmo período de 2014. As regiões metropolitanas ficaram com a seguinte configuração: Recife (8,8%), Salvador (11,4%), Belo Horizonte (5,6%), Rio de Janeiro (5,2%), São Paulo (7,2%) e Porto Alegre (5,8%).

Com relação aos rendimentos reais, o valor médio habitual real foi de R$2.149,00, caindo 2,9% na variação interanual. Na comparação mensal (contra o mês imediatamente anterior) os rendimentos apresentaram alta de 0,8%.

O mercado de trabalho aprofunda seu desaquecimento. Em termos regionais, o desemprego nas regiões metropolitanas do nordeste, especificamente, atinge níveis alarmantes, sobretudo em Salvador.

A retração do quadro de funcionários de grande parte das empresas já é notável, ficando em linha com a queda da População Ocupada do indicador, que recuou 1,3% na comparação com junho de 2014. Ademais, o aumento de 0,9% em termos interanuais da População Economicamente Ativa também contribui para uma intensificação do desemprego. Quanto aos rendimentos, além da queda nominal, a inflação deverá ser consideravelmente acima da registrada nos últimos anos (próxima de 9,15% prevista para este ano), fazendo com que haja um aperto real mais vigoroso dos orçamentos familiares. Com estas perspectivas, estimamos que o desemprego calculado pela PME atinja 7,2% para a média de 2015, enquanto o rendimento real deverá cair em torno de 1%

pme