De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no trimestre móvel encerrado em julho subiu para 8,6%, registrando aumento de 0,6 p.p. em relação ao trimestre anterior (encerrado em abril). Na comparação contra o mesmo trimestre encerrado em julho de 2014, a taxa de desocupação era de 6,9%.

O rendimento habitual real no trabalho principal do trimestre móvel (maio a julho) registrou R$1.881, valor 0,9% menor ao registrado no trimestre anterior (fevereiro a abril). Em relação ao mesmo período do ano anterior há discrepância entre o resultado da PNAD e o da PME: enquanto o primeiro apresentou alta de 2,0%, o segundo apontou retração de 3,1% do rendimento habitual real (mantido o conceito de média móvel trimestral para o indicador da PME).

Quanto a taxa de desemprego, há coerência em relação à PME, divulgada semana passada pelo IBGE, uma vez que houve aumento do desemprego nas duas pesquisas. Enquanto a PME é uma pesquisa restrita às regiões metropolitanas, com maior adensamento urbano e populacional, a PNAD acaba captando melhor características regionais e em locais com menores populações, contemplando 3.500 municípios aproximadamente, entre outras particularidades.

Em suma, a queda do consumo e a busca de redução de custos têm gerado aumento das demissões por parte das empresas. Na variação interanual (trimestre móvel encerrado em julho comparado ao mesmo período do ano passado, houve elevação de 26,6% na população desocupada). Por outro lado, as famílias estão à procura de complementos na renda, o que por sua vez aumenta a parcela da população em busca de emprego. Tendo em vista este cenário, estimamos que a taxa de desemprego medida pela PNAD alcance taxa próxima a 11% no final do ano.

pnad