De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), a taxa de desemprego subiu para 12,7% no trimestre móvel encerrado em março de 2019. O resultado ficou 1,1 p.p. acima do registrado no trimestre anterior e 0,4 p.p. abaixo do mesmo período de 2018.

Uma parte do movimento de alta da taxa de desemprego no primeiro trimestre pode ser atribuído ao movimento de desmobilização de pessoal contratado de forma temporária no final de 2018 e início de 2019, dado o impacto sazonal desse período.

Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 13,4 milhões (aumento de 10,2% em relação ao trimestre anterior e queda de 1,8% na comparação interanual).

A população ocupada (PO) caiu 0,9% na comparação trimestral. Já em relação ao mesmo período do ano passado houve avanço de 1,8%. Destacaram-se no trimestre as quedas nas posições “empregado no setor privado sem carteira” (-3,2%) e “empregado no setor público” (-2,0%).

Ainda na comparação trimestral, os principais recuos ocorreram em ocupações nos setores de Construção (-4,2%), Adm. Pública (-2,0%), Comércio (-1,1%) e Serviços Domésticos (-1,8%). No sentido contrário, os setores de Transportes e Serviços registraram crescimento de 0,9% e 1,1% respectivamente.

A População Economicamente Ativa (PEA) ampliou-se em 0,3% na base trimestral e 1,3% em relação ao mesmo período de 2018.

No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual cresceu 0,9%.

Os últimos resultados da PNAD demonstram a fraca recuperação do emprego e da renda, refletindo o ritmo insuficiente da atividade e as incertezas ao longo dos meses. Para o resto do ano, espera-se que os números do mercado de trabalho apresentem um movimento bastante tímido, dado um cenário de pouco otimismo para o desempenho dos principais setores da economia.