De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego avançou para 11,6% no trimestre móvel encerrado em fevereiro. Estando 0,4 p.p. acima do registrado no mês anterior e 0,8 p.p. menor com relação ao mesmo período do ano passado (12,4%).

Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,3 milhões, sendo 3,6% maior do que o registrado em janeiro.

A população ocupada (PO), por sua vez, recuou 0,5% no mês, aumentando 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se em fevereiro o recuo em todas as  posições, com destaque para os segmentos de “empregado no setor público” com queda de 1,4% e  “trabalhador doméstico” que recuou 0,8%.

Ainda na comparação mensal, os únicos aumentos ocorreram em ocupações nos setores de Transportes (0,1%), Indústria (0,4%) e Agricultura (0,6%). Por outro lado, as quedas mais expressivas do período ocorreram em “Construção”, ao recuar 2,3 %, e “Administração Pública” que diminuiu 1,2%.

A População Economicamente Ativa (PEA) praticamente se manteve estável na base mensal e ampliou-se em 1,1% com relação ao mesmo período de 2019.

No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual recuou para 0,1%, continuando o processo de desaceleração iniciado em outubro.

Apesar do avanço mensal na taxa de desemprego, o resultado da PNAD de fevereiro foi o menor dos últimos 3 anos, refletindo, assim, um movimento tímido de recuperação do emprego e da renda. Importante notar que os dados inferidos no indicador referem ao mês de fevereiro, ou seja, ainda sem influências das medidas restritivas ao Covid-19 e seus impactos na economia. Portanto, espera-se para os próximos meses mudanças intensas no indicador, como já observado o aumento do desemprego em diversos em outros países como a China, e analisar como a economia se comportará com as medidas governamentais de manutenção do empregos e auxílio a população.