De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego avançou para 12,9% no trimestre móvel encerrado em maio. Estando 0,3 p.p. acima do registrado no mês anterior e 0,6 p.p. maior em relação ao mesmo período do ano passado (12,3%).

Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,7 milhões, sendo 0,8% menor do que o registrado em abril.

A população ocupada (PO), por sua vez, recuou 3,7% no mês e 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se em maio o recuo em todas as posições, com exceção do “Empregado no setor público” que subiu 2,9% no período. Dentre os setores que recuaram no mês, destaque para os segmentos de “Empregado no setor privado sem carteira” e “Trabalhador doméstico” que recuaram 9% e 8,9%, respectivamente.

Nos grupamentos por atividades, ainda na comparação mensal, o único aumento ocorreu nas ocupações em Administração Pública (1,6%). Por outro lado, as quedas mais expressivas do período ocorreram nos setores de “Alimentação”, ao recuar 11,4%, “Construção” que diminuiu 6% e “Serviços Domésticos” ao ceder 8,8%.

A População Economicamente Ativa (PEA) contraiu 3,3% na base mensal e 6,9% com relação ao mesmo período de 2019.

No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual avançou para 1,4%.

O avanço mensal na taxa de desemprego confirma o mal desempenho dos principais setores da economia e contribui para acelerar o indicador na análise em 12 meses. O resultado está em linha com as expectativas de mercado e a crise provocada pela pandemia do coronavírus. O mercado de trabalho está sendo fortemente influenciado pelas medidas restritivas ao Covid-19, portanto espera-se que o índice continue refletindo as adversidades do cenário atual e siga com seu ritmo de crescimento ao longo de 2020.